quarta-feira, 14 de março de 2012

Psychotic Eyes - Quando Metal & Literatura Se Encontram


Já com uma bela bagagem e trabalhos muito elogiados por fãs e imprensa Metálica, desde 1999 na cena, a banda Psychotic Eyes procurou sempre diversificar e evoluir, sendo hoje muito difícil classificar o música dos paulistanos como simplesmente Death ou Thrash Metal. Aliás o  epíteto de Death Metal Progressivo também até está sendo usado, mas também essa denominação ainda não consegue passar uma ideia exata, não restando outra solução senão ouvir você mesmo o Metal praticado pelo trio, formado atualmente por Dimitri (Guitarra e Vocal), Alexandre Tamarossi (Batera) e Douglas Gatuso (Baixo).

O novo trabalho, "I Only Smile Behind The Mask", mostra o profissionalismo, criatividade e cuidado da banda para com seu trabalho, que foi mixado e masterizado por Jean François Dagenais (também guitarrista do Kataklysm), teve a contribuição do poeta Adriano Villa (responsável pelas letras do projeto Hamlet, lançado pela Die Hard em 2002), declarado fã da Banda, foi trabalhado um conceito muito bem elaborado, que Dimitri Brandi nos conta em detalhes nesta entrevista exclusiva para o Road, além de muitas coisas mais! Enjoy it!


Road to Metal: Hail, Psychotic Eyes! Primeiramente gostaria de dizer que estamos honrados de estar conversando com uma banda tão ativa do nosso cenário com mais de dez anos de carreira e dois CDs que são verdadeiras obras primas! Para iniciar, gostaríamos de saber como foi o início da banda e da suas formações musicais? Além disso, a proposta musical foi sempre essa ou a banda já enveredou para outros estilos nos seus primórdios?

Dimitri Brandi:Retribuo dizendo que nós é que nos sentimos extremamente honrados em colaborar com o Road to Metal, que aos poucos vai se tornando um dos sites mais importantes de divulgação do metal no Brasil! Vocês estão de parabéns, as matérias que estão saindo são excelentes. Aliás, tenho um agradecimento pessoal, pois foi através do Road to Metal que soube do lançamento das edições comemorativas dos álbuns do Death, e fiquei tão fascinado pela resenha que encomendei o Individual Thought Patterns no mesmo dia! 

Respondendo sua pergunta, acho que a maioria dos elementos da nossa música sempre esteve lá. Como eu e o Alexandre Tamarossi estamos desde o começo da banda, nossos estilos pessoais como músicos definiram a sonoridade do Psychotic Eyes ao longo desses anos. Sempre tivemos intenção de evoluir, de adicionar elementos diferentes, mas a base sempre foi o metal extremo, com riffs de guitarra calcados no heavy metal tradicional e no thrash, com levadas de bateria rápidas e agressivas. A isto fomos adicionando elementos de doom metal, hard rock, rock progressivo e, mais recentemente, música brasileira, principalmente devido às pesquisas com ritmos que o Alexandre desenvolveu. Foi muito interessante, pois me obrigou a também pesquisar a harmonia da MPB e da bossa nova, e descobri coisas bem interessantes, que me sugeriram novas ideias de composição.


RtM: Para nós ouvintes é constante a evolução do Psychotic Eyes. Olhando hoje, como vocês descreveriam o álbum debut? E qual o papel dele na construção da sonoridade atual da banda?

Dimitri - Eu adoro nosso disco de estreia, que recebeu excelentes críticas na época. Graças a eles fomos considerados “banda revelação” em várias votações dos melhores do ano de 2007 e 2008. Gosto de todas as faixas daquele álbum, que é bem variado e tem a cara do Psychotic Eyes. Acho que dá para perceber uma evolução entre ele e o “I Only Smile Behind the Mask”, não houve rupturas. O atual é mais progressivo e mais pesado, além de ter recebido uma produção extraordinária a cargo do J.F Dagenais (Kataklysm). 

Mas a produção do primeiro álbum também é muito boa, o Alex Nasser fez milagre com os recursos disponíveis na época, e ele trabalhou duro para arrancar a melhor sonoridade da banda e dos equipamentos. A principal diferença entre os álbuns, de fato, é que no primeiro éramos um quarteto, então as composições são centradas nos duetos e contrapontos das duas guitarras. Em “I Only Smile Behind the Mask” já compusemos focados na formação de trio, o que deixou o disco mais pesado, o baixo mais evidente e exigiu do Alexandre que utilizasse mais preenchimentos de bateria, pois não haveria uma segunda guitarra tapando buracos. Surpreendentemente, o som ficou mais pesado, técnico e cheio. Por exemplo, não é qualquer solo que funciona sem uma guitarra base, então tudo foi mais pensado e elaborado desta vez.


RtM: É uma atividade realmente muito difícil classificar a sonoridade do Pyschotic Eyes. Por mais que o senso comum classifique a banda como Death Metal, existem ali vários elementos que se aproximam de vários outros estilos. Sendo assim, como a banda descreve a sua sonoridade? E quais bandas ou músicos os influenciaram nos primórdios?

Dimitri - Nem nós mesmos conseguimos classificar nosso som, hehe. Nas vezes que tentei, só criei discórdias. Já tentamos com vários rótulos, mas as pessoas não os aceitam muito bem. Atualmente estamos divulgando como Death Metal Progressivo, que é um rótulo diferente, não tem muitas bandas que o utilizam, e acho que define bem nossa sonoridade. Mas, como todo rótulo, tem seus problemas, claro. Nosso som é muito influenciado por thrash e heavy tradicional, não é somente Death. E não temos muito a ver com as bandas que geralmente são rotuladas como metal progressivo. Mas é inegável que o som tem uma predominância extrema, pela bateria, vocais guturais, timbres de guitarra, mas as músicas tem uma estrutura progressiva, com mudanças de andamento, harmonia, climas, fraseados mais ou menos complexos. 

Sobre as influências, eu sempre gosto de dizer que aprecio todos os estilos de metal. Os guitarristas que mais me influenciaram são Chuck Schuldiner, Randy Rhoads, Adrian Smith e Dave Murray, Hank Shermann e Michael Denner, Andy LaRocque, Tony Iommi, Eddie Van Halen, Dave Mustaine e Jeff Waters. Como vocalista tenho influência do Chuck (de novo), Mille Petrozza, Jon Nordveid, John Tardy, Chris Barnes, Glenn Benton.


No Brasil, minha maior influência sempre foi o Carlos Lopes, como guitarrista, vocalista e pela postura honesta de defender o trabalho da Dorsal e o metal brasileiro.
Na gravação de “I Only Smile Behind the Mask” adotei um processo bem engraçado. Antes de gravar cada solo, eu imaginava “qual guitarrista, se eu pudesse, eu chamaria para tocar esse solo?”. Aí eu ficava ouvindo a obra do cara incessantemente, tirava algumas frases, analisava a estrutura da composição do solo. 

Em “Dying Grief”, por exemplo, imaginei como o Neal Schon faria um solo e bolei o meu em cima dessa sonoridade. Já na “Life” minha inspiração é Randy Rhoads, e por aí vai.

RtM: Por mais que obtenha resenhas extremamente positivas, o Psychotic Eyes ainda não atingiu o mainstream. Para vocês, a que se deve essa injustiça? Afinal de contas, a banda é uma das mais promissoras do nosso seleto Heavy Metal!

Dimitri - Muito obrigado!! Sei lá se isso é injustiça, pois vejo bandas muito melhores que nós que também não atingiram o mainstream. Acho que isso não acontece mais no Brasil. Se você pensar, só Sepultura, Angra e Krisiun chegaram lá. Mainstream mesmo, só o Sepultura na época do Max. Ou seja, é mais fácil ganhar na loteria do que sair do underground. Afinal, tem sorteio da mega-sena toda semana, hehe, mas o Sepultura só aconteceu uma vez.

Falando sério agora, o fato é que não existe público para metal feito no Brasil, infelizmente. Essa é uma dura realidade que temos que reconhecer. Os fãs de metal aqui, na sua maioria, não se interessam pela música que é feita aqui, ou não a escutam com os mesmos ouvidos com que buscam o que vem de fora. Não sei explicar isso, não sei explicar porque bandas ruinzinhas da Europa fazem turnês aqui nas melhores casas de shows, com ingressos na faixa dos cem reais, enquanto as melhores bandas brasileiras sequer conseguem espaço para se apresentar, não recebem cachê decente e tem que se sujeitar a casas de shows ruins, equipamento precário, ingressos a preços ridículos de tão baixos e desrespeito.


RtM:“I Only Smile Behind the Mask”, ao contrário do seu antecessor, não saiu em formato físicoAdemais, em uma atitude muito louvável, vocês colocaram o álbum para download. O que levou a banda a tomar tal atitude? E em tempos de SOPA, na opinião de vocês, quais são os prós e  Contras dos download livres na Net?

Dimitri - Essa foi uma decisão difícil e desagradável, pois queríamos muito lançar o CD em formato físico. Como vimos que não seria possível, pois nenhuma gravadora havia se interessado, resolvemos fazer o lançamento digital. O primeiro álbum nós lançamos independente, mas isso hoje não é tão fácil, pois as vendas caíram a níveis ridículos. E prensar um álbum continua caro, burocrático e demorado, do mesmo jeito que era antes. Ou seja, prensar um disco hoje não compensa. 

Eu sou favorável ao download de música, pois facilita a divulgação e a conhecer bandas novas, mas desde que a pessoa que está baixando tenha consciência de que o artista vive de música então precisa receber alguma coisa. Prefiro que todo mundo escute minha obra e vá aos shows da banda. O modelo de venda de música associado às grandes gravadoras nunca foi favorável aos artistas independentes, então acho que temos pouco a perder com a sua falência. Mas tenho esperança que os ouvintes criem mais consciência de que precisam apoiar seus artistas preferidos de alguma forma, indo a shows, comprando material e até pagando pelo download se acharem justo.

RtM:O ano de 2011 foi marcado por varias declarações polêmicas em torno da cena Metal brasileira. Sendo uma banda com muito tempo de estrada, como vocês avaliam a cena no nosso país hoje?

Dimitri - Não sou pessimista, tenho a esperança de que vai melhorar. Até porque com essa entressafra de bandas nacionais, a tendência é que somente aqueles realmente apaixonados pelo metal sobrevivam e persistam. Esse é o nosso caso, temos mais de dez anos de banda e nunca pensamos em desistir. Fazemos metal porque isso é nossa vida, independente de precisarmos de outros empregos para pagar as nossas contas.

 A cena brasileira sempre foi muito competitiva, e muitos dos que hoje estão xingando a torto e a direito foram beneficiados por essa situação. Alguns são culpados diretos pelo fracasso da nossa cena. Pois nunca se investiu no surgimento e fortalecimento de uma verdadeira cena metal no Brasil, com festivais, turnês em conjunto, bandas trabalhando juntas. Parece que a mentalidade dominante aqui é a competição predatória, em que para um subir tem que pisar na cabeça dos outros e fazê-los descer. Isso é muito triste e eu penso exatamente o contrário. Tenho certeza que o sucesso de uma banda puxa todas as demais pra cima, desperta o interesse do público pela cena, facilita a assimilação do metal brasileiro, até no exterior. Por isso sou otimista, pois vejo que essa mentalidade de estrela está ficando para trás, até porque quem pensava assim fracassou.

RtM: Outra questão bastante discutível é a abertura de shows internacionais, onde muitas vezes as bandas “opening act” acabam sendo sabotadas pela atração principal e acabam ainda não recebendo a atenção do publico. Vocês já passaram por alguma situação desse tipo? E qual a sua opinião a cerca das bandas que pagam para fazer aberturas de bandas internacionais?

Dimitri - Isso é ridículo, deveria ser proibido. A banda que se sujeita a isso presta um desserviço para todos. Os organizadores que se utilizam desse expediente também, querem dividir seu risco com a banda de abertura. O músico tem é que receber, não pagar. Até porque pagar para tocar só piora para todo mundo. A banda está lá porque pagou, não porque merece. O público não está lá para assistir a seu show, mas ao da banda principal. Ninguém ganha nada com isso, o público é desrespeitado porque assiste a um show de alguém que não merece, e nem a própria banda consegue a divulgação que acha que vai ter.


O organizador deveria convidar, para a abertura, uma banda que admire, que vá despertar atenção dos fãs da banda principal, que mereça estar ali e possa mostrar o melhor show possível. Fazer “leilão” de quem paga mais é um jeito perverso de diminuir os custos do evento dele, lucrando indevidamente em cima do músico.


RtM: A parte lírica sempre foi um dos grandes destaques do Psychotic Eyes. "I Only Smile Behind the Mask” comprova esse fato, pois a mesma possui uma historia brilhante e intrigante. Poderia nos explicar um pouco mais desse enredo e qual alegoria podemos fazer com nossa sociedade? Afinal de contas, todos usam máscaras na sociedade moderna!

Dimitri - Excelente observação, todos nós interpretamos papéis. Você tem razão, eu sempre tive um cuidado especial com as letras. Desde antes de gravarmos o primeiro CD já nos preocupávamos com a qualidade das histórias, da poesia das palavras, queríamos que as letras contassem episódios marcantes. Mesmo sabendo que a maioria dos fãs de metal não dá muita importância, prefere simplesmente ouvir a voz como um outro instrumento. 

Eu tive a ideia da letra de “I Only Smile Behind the Mask” quando vi a notícia de uma adolescente que tinha tido o rosto deformado por uma doença, e só podia levar uma vida social normal no halloween, quando podia sair mascarada na rua. Mudei a história para um acidente de carro, em que o protagonista fura o sinal vermelho e é atingido por um caminhão. O acidente deforma sua aparência e ele passa a se sentir um monstro, isolado da sociedade. Deixa de experimentar qualquer alegria ou convívio social, por isso “só sorri atrás da máscara”. Acho que é uma boa alegoria, que explora o dilema das decisões que tomamos, às vezes uma escolha tomada em segundos vai mudar sua vida para sempre, de maneira irreversível, gerando consequências que você jamais poderia ter previsto ou evitado. Enfim, um drama bem humano.


RtM: Já que falamos em letras e conceitos, como surgiram os contato com o Poeta Adriano Villa (escritor das letras do projeto Hamlet)? Essa parceria poderá dar mais frutos no futuro?

Dimitri - O Adriano Villa comprou nosso primeiro CD e gostou muito. Ele é fanático por Megadeth e reconheceu minhas influências, hehe. Um dia ele me disse que tinha escrito uma letra pensando no Psychotic Eyes, o que me surpreendeu muito. Disse a ele que estava extremamente honrado, aí ele me mandou a letra de “Throwing into Chaos”, um poema sobre a destruição do mundo e o que podemos fazer para evita-la e tentar consertar as coisas. É uma letra bem esperançosa, nada materialista, o que é inédito e curioso para o Psychotic Eyes. Isso porque o Adriano é um cara com uma visão de mundo bem oposta à nossa. Todos na banda somos céticos, ateus ou agnósticos, então acho que não teríamos competência para escrever uma letra com essa profundidade espiritual.

RtM: O trabalho fecha com "The Girl", que surpreendentemente é uma desconstrução da música “Geni e o Zepelim", de Chico Buarque. Como surgiu essa idéia? Vocês não ficaram preocupados com a reação do público mais “true”?

Dimitri - Ficamos bastante preocupados, mas deu tudo certo, pois no final a faixa ficou extremamente Metal, não se parece com MPB nem com Chico Buarque. Eu sempre gostei dessa canção, que narra a história de uma prostituta que evita um genocídio. Alguma coisa me sugeria que a estrutura da música queria passar o mesmo tipo de emoção que as baladas do metal atingem, com a estrofe melódica e o refrão pesado. No caso do Chico Buarque, ele não usava instrumentos elétricos, então tentava soar pesado com percussão e com a letra mais agressiva. 

Um dia, comecei a pensar numa letra em inglês que contasse a mesma história, e curiosamente em poucos minutos eu tinha a letra praticamente pronta, ela meio que “se escreveu sozinha”. Fiz um arranjo de guitarras novo, baseado na letra nova que eu havia escrito e mandei pro pessoal da banda. Com o tempo o Alexandre foi trabalhando um arranjo de bateria fantástico, que ia, paralelamente, contando a história junto com a letra. Ele também colocou elementos de percussão brasileira nas frases da bateria, entremeadas de pedal duplo, blasting beats e viradas agressivas. Por isso chamamos essa música de “desconstrução”, não é um cover. Fizemos uma música totalmente nova que conta a mesma história.


RtM: Pesquisando um pouco a história do Psychotic Eyes, descobri que vocês já participaram de várias coletâneas, inclusive ao lado de bandas internacionais. Como surgiram essas oportunidades e qual a importância dessas iniciativas quando ocorrem no nosso Underground? 

Dimitri - Essas coletâneas são ótimas! É muito gratificante ter uma faixa da banda ao lado de músicas de outras bandas. Elas ajudam muito em divulgação, pois você acaba, ao divulgar seu trabalho, mostrando outras bandas boas junto. Eu conheci muita banda através de coletânea, algumas delas são minhas favoritas até hoje. Tenho saudades daqueles CDs que vinham junto com a revista “Planet Metal”, conheci algumas das minhas bandas preferidas ali, e fiz bons amigos também. 

Lembro de ter gostado muito de uma música do Drowned que veio em uma delas, então entrei em contato com a banda e acabamos formando um laço de amizade entre as duas bandas que perdura até hoje. Tanto que o Fernando Lima (vocal) ajudou a fazer a capa de “I Only Smile Behind the Mask” e o baixo foi gravado no estúdio do Marcos Amorim (guitarrista),  pelo Rodrigo Nunes (ex-baixista). Imagine, tudo isso só porque ouvi uma música da banda em uma coletânea nos idos dos anos 2000...

RtM: Recentemente ocorreram mudança na formação da banda. Conte-nos como foi essa transição e a chegada de Douglas Gatuso( baixo)? Vocês pretendem continuar como trio ou existe a possibilidade voltar a ser um quarteto como foi no inicio da carreira?

Dimitri - Estamos hoje com a melhor formação do Psychotic Eyes em todos os tempos, nem pense em propor alterações (risos). O Douglas é um excelente baixista, que captou exatamente o tipo de linha de baixo que nosso som precisa, além de ter uma presença de palco espetacular. Infelizmente ele não chegou a tempo de gravar o CD, mas entendeu o espírito das linhas criadas pelo Rodrigo e as executa com muita personalidade.


Acho que não voltaríamos a tocar como quarteto, o formato trio funciona muito bem ao vivo e em estúdio. É um desafio, pois não tenho o apoio de uma segunda guitarra quando estou solando e cantando, então fica tudo mais difícil pra mim. Mas o som fica ao vivo fica mais polido, mais claro e menos embolado. E eu, particularmente, acho um power trio muito mais pesado do que uma banda com um monte de gente. Nada é mais pesado que o Motorhead e banda nenhuma é mais técnica do que o Rush.


RtM: Quais são os projetos para 2012? Teremos a chance de ver a poesia extrema do Psychotic Eyes em palcos do Sul do país? A propósito, gostariam de deixar algum recado para os leitores do Road To Metal?

Dimitri - Adoraríamos sair em turnê! Essa é nossa prioridade, tocar em todos os estados do Brasil, se for possível, e quem sabe, no exterior. A cena aí do sul é fantástica, eu adoraria tocar no Zombie Ritual, conhecer a cena de Porto Alegre, do interior do Estado, que conheço só de nome. Também sou um admirador da cena de Curitiba, já vi shows por lá, em bares no calçadão do centro, e em todos esses eventos a qualidade das bandas e da organização era fantástica. Infelizmente nunca fomos convidados para nos apresentar na região sul, espero que isso mude em breve!

Aos leitores do Road to Metal: agradeçam por ler esse veículo de tanta qualidade, que está fazendo uma puta diferença na divulgação do metal no nosso país. Parabéns a toda equipe, muito obrigado a quem ler essa entrevista e baixar nosso disco. Aguardamos comentários de todos, espero que gostem da nossa música e do nosso metal extremo progressivo!!


Entrevista: Luiz Harley
Introdução: Carlos Garcia
Edição/ Revisão: Carlos Garcia e Valdemar "Butcher"
Fotos: Divulgação/Eliton Tomasi

Agradecimentos:Psychotic Eyes Crew,  Eliton Tomasi e Som do Darma






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